A Leishmaniose é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida ao homem pela picada de insetos infectados, principalmente flebotomíneos, conhecidos popularmente como mosquitos-palha ou birigui. No Brasil, a distribuição da leishmaniose é ampla e variada, com registros em todas as regiões do país, desde áreas urbanas até zonas rurais e de mata.
Ciclo de transmissão e sintomas
O ciclo da doença é complexo e envolve tanto hospedeiros vertebrados quanto invertebrados. Os hospedeiros vertebrados incluem seres humanos, cães, roedores e outros mamíferos, enquanto os hospedeiros invertebrados são os mosquitos flebotomíneos. No ciclo da leishmaniose, os parasitas estão presentes nos flebotomíneos infectados, que os transmitem para os vertebrados durante a picada. No caso dos humanos e cães, os protozoários causam a doença. A Leishmaniose pode se manifestar em duas formas principais: visceral e cutânea. A forma visceral é mais grave, afetando órgãos internos como o fígado, o baço e a medula óssea, podendo levar à morte se não tratada adequadamente. Já a forma cutânea causa lesões na pele, podendo ser ulcerativas e de difícil cicatrização.
O controle da leishmaniose no Brasil envolve medidas de prevenção da picada do inseto transmissor, como uso de repelentes, telas em janelas e portas, e uso de roupas compridas e calçados embebidos com repelentes. Além disso, é fundamental o controle populacional de cães infectados, pois eles são importantes reservatórios da doença. Embora haja esforços para controlar a leishmaniose, a doença ainda representa um desafio de saúde pública no Brasil, especialmente em áreas de baixo desenvolvimento socioeconômico, onde as condições favoráveis à proliferação do mosquito transmissor são mais comuns. O combate efetivo à leishmaniose requer uma abordagem integrada, envolvendo medidas de controle do vetor, diagnóstico precoce e tratamento adequado dos casos humanos e caninos.