A filariose é uma doença parasitária causada por nematoides (vermes) do gênero Wuchereria bancrofti, que são transmitidos pela picada de mosquitos hematófagos infectados. No Brasil, o mosquito transmissor mais comum da filária é o Culex quinquefasciatus, o penilongo noturno ou muriçoca, conhecido por sua capacidade de transmitir também outras doenças como a febre do Vírus do Nilo Ocidental e a Encefalite de Saint Louis.
Ciclo de transmissão
O ciclo de transmissão da filariose inicia-se quando um mosquito infectado pica um indivíduo, transmitindo as larvas microfilariais do parasita. Dentro do hospedeiro humano, as larvas se desenvolvem em vermes adultos, que se alojam nos vasos linfáticos, causando danos ao sistema linfático e levando ao desenvolvimento de sintomas como inchaço dos membros, dor e febre. A distribuição da filariose no Brasil é mais significativa em regiões tropicais e subtropicais, onde as condições climáticas são favoráveis à reprodução do mosquito transmissor. Estados nortinos como o Amapá, Maranhão, Pará e Tocantins e Pernambuco no nordeste apresentam uma alta incidência da doença.
O Controle
O controle da filariose no Brasil é realizado principalmente através de medidas de prevenção e controle do mosquito transmissor, o pernilongo noturno ou muriçoca. Isso inclui a eliminação de criadouros de mosquitos, uso de repelentes, uso de telas em janelas e portas, e educação da população sobre medidas de proteção individual. Além disso, programas de tratamento em massa com medicamentos antifilariais são implementados em áreas endêmicas para reduzir a carga parasitária na população e interromper o ciclo de transmissão da doença. Essas medidas são essenciais para o controle eficaz da filariose e para reduzir o impacto dessa doença parasitária na saúde pública brasileira.